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As muitas vidas da ponte pênsil de Ribeirão Claro

Patrimônio histórico sobreviveu a duas revoluções, a uma enchente e, agora, foi reconstruído pela quarta vez após um incêndio; conheça a história

Celso Felizardo por Celso Felizardo
05 de novembro de 2023
em Turismo
Ponte Pênsil Alves Lima, Ribeirão Claro

Ponte Pênsil Alves Lima, Ribeirão Claro (Foto: Paraná Turismo)

Uma joia do patrimônio histórico do Norte do Paraná que se recusa a se perder no tempo. Assim pode ser definida a cronologia centenária da ponte pênsil Alves Lima, que liga Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro do Paraná, a Chavantes (SP). Construída em 1920, a estrutura sobre o Rio Paranapanema foi destruída quatro vezes: em duas revoluções, em uma enchente, e, por último, em um incêndio criminoso. Em todas as vezes, foi reconstruída.

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Um dos poucos exemplares de ponte pênsil (sustentada por cabos) do país, a Alves Lima é um dos principais atrativos turísticos de Ribeirão Claro. Está localizada a 13 quilômetros ao norte do centro da cidade, no final da PR-151, na divisa com Chavantes (SP). Foi construída como rota para escoar a safra de café do Norte do Paraná, que até então cruzava o Rio Paranapanema de balsa, rumo ao Porto de Santos.

A edificação é tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural do Paraná e de São Paulo e se destaca no cenário de belezas naturais da região de Angra Doce. Nas últimas décadas, a estrutura de 164 metros de comprimento, com vão suspenso de 82 metros, recebe apenas o fluxo de pedestres, a maioria turistas. O tráfego de veículos ocorre por outra estrutura, de concreto, a 200 metros rio abaixo. 

No ano do centenário, em 2020, um incêndio criminoso consumiu cerca de um terço da estrutura da ponte, construída em madeira. Após o término das investigações, o governo paulista iniciou a reforma, que foi concluída em outubro de 2023 com investimento de R$ 6 milhões. A expectativa agora é que o atrativo ajude a fortalecer o turismo da região de Angra Doce.

Ponte pênsil Alves Lima destruída por um incêndio
Ponte pênsil destruída pelo incêndio, antes da reconstrução (Foto: DER Paraná)

História da ponte pênsil

A ponte pênsil Alves Lima foi destruída pela primeira vez em 1924, durante a Revolta Paulista, quando as tropas do capitão Alberto Costa invadiram a cidade de Chavantes. A edificação foi toda incendiada e sua reconstrução só começou após o fim do conflito, terminando em 1928.

A segunda destruição ocorreu durante a Revolução de 1932, que colocou a divisa entre São Paulo e Paraná como um dos principais fronts de combate entre paulistas e gaúchos. Segundo historiadores e estudiosos do conflito, as tropas gaúchas ficaram aquarteladas em Ribeirão Claro. Como forma de impedir o avanço dos sulistas, a força paulista dinamitou a ponte, que só viria a ser reconstruída quatro anos depois. 

Já em 1983 foi a força das águas do Paranapanema que destruiu a ponte pênsil. A maior enchente já registrada na região causou danos significativos à estrutura, que só foi recuperada dois anos mais tarde.

 

Turismo de Aventura em Ribeirão Claro
Beleza arquitetônica da ponte pênsil se integra à paisagem de Angra Doce, muito procurada pelo turismo de aventura (Foto: Fábio Dias/Paraná Turismo)

Interdição e restauro

Em 2006, a ponte chegou a ser totalmente interditada em razão de seu péssimo estado de conservação. Quatro anos depois, os governos dos dois estados iniciaram a revitalização da estrutura, entregue em 2011 com obras que custaram mais de R$ 2 milhões. 

Uma placa gravada em chumbo, instalada próxima à ponte, ilustra a trajetória histórica da única ponte pênsil do Paraná: “Em 1924 e 1932 revoluções armadas destruíram esta ponte. Em 1983 uma grande enchente a destruiu. Toda vez que um mal destruir um bem ele será reconstruído, para que não morra no coração dos homens a esperança. Jovens de Chavantes, 1985”.

Tags: Ponte Pênsil Alves LimaRibeirão Claro
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Celso Felizardo

Celso Felizardo

Jornalista responsável pelo site Última Estação e editor na Folha de Londrina. Tem mais de 10 anos de experiência em redação com foco no noticiário regional do Norte do Paraná. Acredita no poder do jornalismo de qualidade como uma ferramenta para integrar a região e fomentar suas potencialidades.

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